Quem me apresentou o “Ska”, estilo jamaicano foi o punk rock. Mais especificamente esse álbum único do “Operation Ivy”, banda californiana de Ska/Punk/ hardcore. Sempre curti essas misturas. Letras anti racismo com mensagens de união “unity” é uma das que me marcou muito. A banda gravou só esse álbum e depois membros formaram o “Rancid” que ficou bem mais popular.

Na verdade não idealizei Família XV e sim vivi ele durante muito tempo da minha vida principalmente depois que fui morar no centro do Rio de Janeiro, tentei traduzir com personagens reais “amigos” skatistas como eu de longa data o sentimento de um simples role de Sábado no centro da cidade, uma rotina que quebra a rotina, pois quando saímos para a sessão a única coisa que procuramos é diversão e praticar o skate livremente, mas nesse percurso tudo pode acontecer, apesar da maioria dos lugares por onde passamos ou paramos ser o mesmo, as situações são diferentes e os obstáculos que usamos não passam de simples peças do mobiliário urbano ou objetos encontrados na rua que apenas subvertemos o uso tendo o prazer da criação e superação durante as sessões. Quis mostrar que um bom dia de skate não se resume em acertar boas manobras e sim encontrar os amigos vivenciar coisas legais e fechar com chave de ouro indo ao encontro de outros amigos ou indo a um show de uma banda legal. (I didn’t idealize Familia XV. I lived it during a long time, especially after I moved to the center of Rio de Janeiro. I tried to translate through living characters, long-time friends and skaters like me, the feeling of a simple “stroll” on an ordinary saturday in the city center. A routine that breaks routine because even though the places might be the same and the trajectory familiar, anything can happen along the way. Different situations, different obstacles - simple components of the urban “furniture”, randomly found objects which uses we subvert in accordance to our own imagination and abbilities (or not.. thats when we overcome ourselves). I wanted to show how a good day of skating isn’t only about getting every “move” right. It’s more about gathering friends, experiencing cool things and maybe ending up at a cool show, who knows... Sobre os personagens Escolhi caras que considero muito pois tive a sorte de acompanhar a trajetória de cada um no skate e por isso devo muito respeito a essas pessoas que fazem parte das sessões antes da Praça XV de Novembro se tornar um dos principais picos de skate. A Família XV é composta por muitos personagens que não estão no filme, mas tive que escolher alguns quase como uma roleta russa de acordo com a disponibilidade e mais ou menos com o que eu esperava da sessão. Foi todo gravado em um dia com exceção da cena do Palito que fiz questão de incluir no filme pela sua história e representatividade na XV. I chose guys I really cherish, especially for having had the privilege of following each and every one of their paths when it comes to skating. For this I owe much respect to these who have taken part of the sessions long before Praça XV de Novembro became one of the main skating areas in Rio. The XV Family is composed by many characters who don’t appear in the movie. I had to choose only some almost like a russian roulette, taking into consideration their availability and what I expected, more or less, out of the session. It was all shot in one day with the exception of the “palito” (stick) scene, which I decided to include given it’s historical meaning and significance to XV.

A forma como nos relacionamos com o trabalho se torna algo "cotidiano" com a frequência ao longo de dias, semanas, meses, anos, décadas. Porém para alguns a forma "convencional" não cabe mais em sua realidade e muito menos na que pode ser proposta. Esse encontro de realidades se dá muito na rua onde em meio ao trânsito e vários destinos se encontram. Uma performance de Jorge Cupim, vídeo por Wilson Domingues. ------ The way we relate to work becomes something "everyday" with frequency over days, weeks, months, years, decades. However, for some, the "conventional" form no longer fits their reality, let alone what can be proposed. This meeting of realities takes place a lot on the street where in the middle of traffic and several destinations meet. A performance by Jorge Cupim, video by Wilson Domingues.

“Usuário” foi o primeiro álbum do Planet Hemp. Chegaram com pé na porta falando em prol da legalização da maconha nos anos 90’s, época que ainda era tabu. Sofreram repressão e até foram presos por isso. Lembro da primeira vez que vi no palco em um evento de skate no Arpoador, com o “Skunk” , fundador da banda, ainda encarnado e quebrando tudo na postura e presença de palco. — Iniciando na ilustração digital... vamos ver no que vai dar... ?⚡️??