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Vítor Pereira valoriza vitória do Corinthians: "Quando não dá na qualidade, dá na raça"
O técnico Vítor Pereira valorizou o resultado obtido pelo Corinthians na vitória por 1 a 0 diante do Red Bull Bragantino, em Bragança, que manteve o time na liderança do Brasileirão, agora com 12 pontos em cinco rodadas.
Em entrevista coletiva, ele valorizou o espírito de luta da equipe.
Segundo ele, isso faz parte da "impressão digital" do torcedor corintiano.
– Naturalmente, sou um treinador que gosto do bom futebol, gosto de ver um futebol de qualidade, mas sou muito competitivo.
Essa sequência de jogos não nos permite jogar sempre com grande qualidade.
Viajamos para Cali, tivemos jogo, viajamos para cá (Bragança)...Quando olho para a Premier League, vejo uma semana carregada e na outra eles limpam.
Aqui tem um calendário que não defende o bom futebol, não defende os bons jogadores, pois as lesões vão aparecer.
E com base nesta necessidade de enfrentar um calendário desse, é normal ter oscilações.
Quando não temos a qualidade, temos de ser competitivos.
– Nós quando não jogarmos com a qualidade que pretendemos, temos que ser competitivos.
Estamos criando esse espírito.
Quando não dá na qualidade, dá na raça.
Isso é impressão digital do torcedor do Corinthians.
Quando não pode na qualidade, tem que se deixar tudo em campo para garantir os três pontos.
Gosto de jogar muito bem, mas não gosto de jogar muito bem e perder o jogo.
Prefiro jogar bem e ganhar.
Quando não dá para jogar bem, temos que ganhar.
Isso é criar um espírito competitivo em que os três pontos têm que ser discutidos até o final do jogo, isso que fizemos hoje.
O técnico comentou o que foi decisivo para que a vitória viesse em Bragança Paulista.
– O Bragantino trabalha junto há muito tempo, com o mesmo treinador, um trabalho de qualidade.
O fato de o Bragantino estar há tempo tempo sem perder é significativo, nesse campo não é fécil ganhar.
Defendemos bem, defender bem também é arte.
Retiramos a largura, pois eles têm jogadores fortes no enfrentamento, no um contra um, que sem cobertura passam.
Metem muita gente na área.
E apesar de o Bragantino ter tido mais bola, circulado mais a bola, chance clara tiveram uma, um cabeceio que saiu ao lado, tivemos sorte.
Quando tivemos nossa chance, fizemos o gol.
Vítor Pereira explicou a estratégia no final do jogo para segurar o placar: – Depois do gol, sabíamos que Jadsom ia encaixar na linha de trás com os dois zagueiros abertos, iam colocar jogadores na nossa linha e fazer cruzamentos.
E iam criar problemas de fato.
Primeira vez na minha vida que coloco dois zagueiros (João Victor e Bambu), mas é assim.
O Bragantino começou a jogar bola fatiada no lateral-esquerdo, íamos ganhando a primeira bola, mas o Rafael é baixinho, estávamos a bater com jogador de 1,85m e outro na zona dele, o que fazer?
Fechar o lado, fechamos com o Robson Bambu e a equipe equilibrou.
Quando não tivermos em dia de qualidade, a raça tem de estar lá dentro.
E levamos os três pontos.
Fomos pragmáticos.
O Timão, agora, volta as atenções para a Copa do Brasil.
Depois de empatar por 1 a 1 contra a Portuguesa-RJ em Londrina, no jogo de ida, a equipe volta a encontrar o rival, desta vez na Neo Química Arena, na quarta-feira, às 21h30.
No Brasileirão, o próximo rival é o Inter, sábado, no Sul.
– O torcedor quer ganhar todos os jogos.
Temos a responsabilidade de lutar pelos três pontos em todos.
Vamos tentar nos manter vivo em todas as competições.
O jogo de quarta é decisivo, temos de ganhar para continuar na Copa do Brasil.
Fazer uma equipe competitiva, levando em conta os jogadores mais desgastados, para que não ocorra lesão.
As musculares e as traumáticas.
Quando estamos cansados, não tiramos o pé, não raciocinamos.
Eu mesmo estou cansado, não tenho um dia para descansar, sair da caixa.
Eles sentem também.
Vamos fazer um time para tentar ganhar.
Depois, contra o Inter, com uma equipe que consiga competir, jogando melhor ou pior, mas com o espírito.
O torcedor quer que ganhe do Inter, na Argentina, o jogo da Copa do Brasil.
Vamos tentar nos manter vivo e pensar jogo a jogo.
– Pensei por 15 dias para aceitar o Corinthians.
Não tinha a família preparada.
Depois, olhava o calendário, tempo para treinar não existe, não fizemos pré-temporada, vamos ter de pegar o comboio em andamento.
O tempo de treino é reduzido.
Só conseguimos treinar com metade da equipe e meninos da base um dia por semana.
Aí tentamos evoluir algo em nosso jogo.
Obriga que o treino seja muito objetivo, tentar melhorar esse aspecto e esse aspecto.
Não podemos desgastar muito.
Essa dinâmica eu sabia que ia apanhar com uma carga dessas, mas vivê-la não é fácil.
Eu, mentalmente, me sinto cansado.
Mais um dia ou dois estou pronto para a luta outra vez.
Esse é o espírito.
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